Tuesday, August 14, 2007

Será mesmo assim?

Ainda me pergunto se as coisas são como são. Se são apenas isto. Discutir com familiares, boas disposições, más disposições, velhos amigos reunidos, antigas intrigas lembradas, olhares parvos, revirados, marcados por alguma coisa que já foi, sonhos com pessoas que já cá não estão, calores, palpitações, doenças, problemas que não sabemos se são reais, aproveitar ou desperdiçar o tempo, escrever em blogs, lembrar disto e daquilo ... As crises existenciais existem e pelos vistos ando numa! E em plenas férias. Tenho saudades de ser criança onde a inocência era genuína. E apesar disso, o meu 'sofrimento' hoje é genuíno, ao contrário do que se pode pensar. Sou por natureza ingénua e parvinha, mas sei colocar-me no meu lugar devido.

Estou triste. Estou bêbeda. Um bom resto de noite que vou curtir a minha noite. Possivelmente acompanhada.

Saturday, August 11, 2007

hmm

O título não tem nada a ver com o post, ou ... Veremos o que sai daqui.
Já vai lá o tempo em que escrevi, em que me depus perante esta blogosfera, que deitei 'coração' e 'alma' a bordo. Fico-me pelo cansaço das férias, dos trabalhos veranis, das narinas entupidíssimas, da música barulhenta dos Limp Bizkit (que não tenho hábito de ouvir). Estou KO, estou no chão, a diluir-me em água, em pensamentos e entre pessoas 'amigas' cada vez mais estranhas. Ultimamente tenho sentido uma depressão entre amigos, grupos, pessoas. A falta de paciência aprendida durante os períodos universitários rondam a população, demonstram-nos que apesar de tudo as pessoas mudam e nós só temos de acompanhá-las e elas a nós. Agora, evitam-se brincadeiras, o sentido de humor baixo aos graus celsius negativos, e, enfim, acho que, infelizmente, não sou excepção e fico-me numa negativa falta de paciência que quase me custa uma relação. As histórias ficam por contar, os problemas a semear. Sinto-me numa espiral horrível, com pessoas que já não pareço conhecer e a encontrar-me ao pé de amigos que nunca imaginei. Tenho saudades dos tempos fáceis, das horas longas, da cooperação, da intimidade, das brincadeiras ... Do meu grupo sem idade, sem tempo separado. É horrível pensar que apenas uma tragédia consegue unir pessoas que, antes, tinham um objectivo em comum: os outros. Sem pensarem neles, no que era melhor para os próprios. Tínhamos uma unanimidade incrível, inexplicável que foi absorvida por um buraco negro no espaço, fala-baratos, cusquices, porcarias.

Estou irada e, como disse uma amiga minha, o poder da ira é interminável. Resta-me ser criativa, paciente e esperar pelo melhor.

Tenho saudades tuas.