Wednesday, February 27, 2008

You are what you eat

nhé!

SOCORRO!

Todos nós temos pesadelos. Todos nós suamos durante aquela eterna mistura de imaginário e de irracionalidade no nosso cérebro. Acontece. Certo?
Ultimamente tenho tido muito disso e o de hoje não me agradou. Foi demasiado real, demasiado triste e demasiado deprimente.
Sonhei que o F. me trocava, lentamente, por uma das pessoas mais ruins e sem nada para fazer nesta vida. Começava a aperceber-se que eu era 'x' e 'y' e eventualmente, acabaria por me trocar. Eu chorava, chorava, chorava e chorava, sempre deprimida, deixava de comer e tentava convencê-lo de mim! O meu pânico e choro e desespero fez-me despertar a chorar, imaginem o desespero.
A minha impotência nos sonhos é lendária e acompanha-os irremediavelmente. Ainda estou um bocado ofegante e com medo. Imaginem que acontece?
Fora de mim tornar-me tão vulnerável a uma pessoa que pode, ou não, ser incerta e ter as suas dúvidas por mim. Por isso é que todos nos devemos proteger e nem digo esconder, mas proteger. É essencial. Porque até um certo ponto tornamo-nos expostos e 'acompanhados'.
Não durmam de barriga para cima.

Jazz is the rock in my life!

Gosto de jazz, ontem ainda fiquei a gostar mais! O onda jazz pareceu-me ser um sítio bem giro para se passar um bom bocado - como foi ontem - com certas pessoas que têm sido a nossa rocha.

Saturday, February 23, 2008

2

O filho de Estaline não teve uma vida fácil. O pai engendrou-o com uma mulher que, conforme tudo indica, acabou por mandar fuzilar. O jovem Estaline era, portanto, ao mesmo tempo, filho de Deus (porque o seu pai era venerado como Deus) e maldito por ele. As pessoas temiam-no duplamente: podia prejudicá-los tanto pelo poder que ainda tinha (sempre era o filho de Estaline) como pela sua amizade (o pai podia mandar castigar os amigos em vez do filho).
Maldição e privilégio, felicidade e infelicidade - nunca ninguém sentiu tanto na própria pele o ponto a que essas oposições são mutáveis e como é estreita a margem entre os dois pólos da existência humana.
Logo no princípio da guerra foi capturado pelos alemães e eis que outros prisioneiros, membros de uma nação pela qual sempre sentira uma antipatia visceral, porque lhe parecia incompreensivelmente fechada, o acusavam de ser porco. Ele, que carregava às costas o drama mais sublime que possa ser concebido (ser ao mesmo tempo filho de Deus e anjo caído em desgraça), tinha agora que suportar ser julgado, e não por coisas nobres (a respeito de Deus ou dos anjos), mas por causa de merda? O drama mais nobre e o incidente mais trivial estarão assim tão vertiginosamente próximos um do outro?
Vertiginosamente próximos? Então a proximidade também pode causar vertigens?
Claro que pode. Quando o pólo norte se aproximar do pólo sul quase a ponto de o tocar, o nosso planeta desaparecerá e o homem terá à sua volta um tal vazio que ficará aturdido e cederá à sedução da queda.
Se a maldição e o privilégio são uma e a mesma coisa, se não já diferenças entre o nobre e o vil, se o filho de Deus pode ser julgado por causa da merda, a existência humana perde as suas dimensões e torna-se de uma leveza insustentável. Então, o filho de Estaline corre em direcção ao arame farpado para lançar contra ele o corpo, como se estivesse a lançá-lo para o prato de uma balança que miseravelmente subisse soerguido pela infinita leveza de um mundo sem dimensões.
O filho de Estaline deu a vida pela merda. Mas morrer pela merda não é uma morte absurda. Os alemães sacrificaram a vida para aumentar o território do império para leste, os russos que morreram para que o poder do seu país se estendesse mais para ocidente, esses sim, morreram por um disparate e a sua morte não tem nem qualquer espécie de sentido nem de valor geral. Em contrapartida, a morte do filho de Estaline foi a única morte metafísica no meio da estupidez universal da guerra.

A insustentável leveza do ser -
Milan Kundera

Thursday, February 21, 2008

Nice!

Conselho

Sit tight, I'm gonna need you to keep time
Come on just snap, snap, snap your fingers for me
Good, good now we're making some progress
Come on just tap, tap, tap your toes to the beat
And I believe this may call for a proper introduction, and well
Don't you see, I'm the narrator, and this is just the prologue?

Swear to shake it up, if you swear to listen
Oh, we're still so young, desperate for attention
I aim to be your eyes, trophy boys, trophy wives

Swear to shake it up, and you swear to listen
Oh, we're still so young, desperate for attention
I aim to be your eyes, trophy boys, trophy wives

Applause, applause, no wait wait
Dear studio audience, I've an announcement to make:
It seems the artists these days are not who you think
So we'll pick back up on that on another page

And I believe this may call for a proper introduction, and well
Don't you see, I'm the narrator and this is just the prologue

Swear to shake it up, if you swear to listen
Oh, we're still so young, desperate for attention
I aim to be your eyes, trophy boys, trophy wives

Swear to shake it up, and you swear to listen
Oh, we're still so young, desperate for attention
I aim to be your eyes, trophy boys, trophy wives

Swear to shake it up, you swear to listen
Swear to shake it up, you swear to listen
Swear to shake it up, you swear to listen
Swear to shake it up, swear to shake it up

Swear to shake it up, if you swear to listen
Oh, we're still so young, desperate for attention
I aim to be your eyes, trophy boys, trophy wives

Swear to shake it up, if you swear to listen
Oh, we're still so young, desperate for attention
I aim to be your eyes


Panic! At the disco

The Only Difference Between Martyrdom And Suicide Is Press Coverage
Já pensaram na vossa vida enquanto dormem?

Pois eu já!
Ainda hoje, vinha numa das viagens na A2 Sul, encostada no lugar de passageiro, recostada ligeiramente para trás, a pensar em tudo ao mesmo tempo que dormia - até parecia um computador. Foi interessante, uma espécie de experiência remontada no presente, de mim, dos outros e dos meus pensamentos.
Pensei em recusas, em auto-estima, em mim, ou seja, fui um bocado egocêntrica, mas sem me vangloriar. Surgem-nos como uma espécie de bofetadas, mesmo que 'virtuais' e quando as recebemos caímos para trás! Enfim.
Mas eu não sou a pessoa certa para falar deste tipo de coisas, seria demasiado introspectivo e, todos devíamos saber que somos os piores juízes de nós próprios. Isto porque a percepção de um fenómeno e a sua interiorização, altera-o imediatamente, tornando-nos obrigatoriamente e sem excepção subjectivos.

Sendo assim, o melhor é não pensarmos. Mas para isso parece que temos de estar mortos. O que não deve ser bom. Essa sensação de paz eterna, ou descanso eterno. Mas não falemos disso que hoje em Lagos está um dia muito bonito e calorento.

Monday, February 18, 2008

NÃO!

É?

A ingenuidade é uma coisa bonita de se ter. Uma atitude inocente, grandiosa, primária, por que todos passamos e pelos vistos, em alguns casos, continuamos com ela. Isso é bom?
Pessoas afastem-se, não sei lidar com isso!

The One

Tango

Não sei se quem me lê percebe, entende ou se apercebe daquilo que se passa, mas é sempre impossível garantir a sensação de compreensão e transparência na mensagem que tentamos enviar ao outro. Seja 'ruído' ou outra coisa qualquer, algo atrapalha e se 'enfia' dentro da interpretação e da capacidade de compreensão do que se lê.
Isso é o princípio básico da comunicação: que existe um emissor, um receptor, no meio uma mensagem transmitida por um meio e ruído que interfere.
Isto porque cada um tem a sua interpretação. O seu modo de ver. De se impressionar.
Eu costumava impressionar. Costumava ter esse poder. Agora o tempo não me deixa, impede-me de ser quem era, impede a minha expressão. As teias de aranha do que já foram as minhas mãos, a minha cabeça não me deixam vaguear livremente.
Não me quero lamentar só porque a minha veia criativa já não é o que era, mas lamento-me e fico triste.
Leva-me a pensar que preciso de inspiração. De uma musa ou um ideal. Preciso de retomar velhos ideais, velhas ideias.
NÃO SEI!
Daí vem o tango, ou a salsa. Novas actividades para novos estados de espírito. Quero aprender a fazer uma coisa e não me fartar dela. Porque eu sou assim, rapidamente me farto daquilo que não me traz desafio. Hoje estou entediada e é domingo.

Friday, February 15, 2008

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER

Kundra escreveu este livro, este bom livro, a que me dou o prazer de estar a ler e, pelos vistos, o meu blog tem um nome semelhante, sem eu ter dado conta.
Espero ter oportunidade para o acabar brevemente.
Um beijinho para o leitor.

Tuesday, February 12, 2008

'es muss sein'

Ontem, no livro que estava a ler aprendi acerca do es muss sein ou do tem de ser. O es muss sein é uma parte de uma das sinfonias de Beethoven, a história por trás não é importante, mas a mensagem de onde vem este es muss sein. Todos temos um es muss sein na nossa vida, seja na relação com a vida profissional, escolar, ambiental, pessoal. Tanto faz! É uma espécie de um dever para com outro ou outra coisa.
Eu tenho um es muss sein com todas as pessoas da minha vida, importantes ou não. Desde que estejam na minha vida já a influenciam e eu a delas. O que importa é que o es muss sein difere de coisa para coisa e pessoa para pessoa. Não é o mesmo com os pais que é com o melhor amigo ou amiga.
Ontem apercebi-me que ainda existe esperança e que boas coisas acontecem a quem merece e, eventualmente, tudo melhora com uma palavra pequena ou um gesto simbólico. Ontem tive o meu es muss sein.
E quem sou eu para ensinar alguém?!

Friday, February 8, 2008

Error!

Peço desculpa pelo erro do post anterior, esqueci-me de pôr o 'mais'!

Hoje fico oficialmente de férias até Março.

Thursday, February 7, 2008

Bacci

Sabemos dizer menos a quem mais queremos.

Não sei!

O dia começou calmo.
A noite amena.
Cheguei, pensei e neguei.
Que nunca serei.

Aquilo que já fui,
Aquilo que não sou,
Também o que serei,
Não sei!

Ficas-te por aí,
Em frente ao ecrã,
À espera da vida,
Que não salta tipo rã.

Assim, hoje, pensa mais,
Pensa melhor,
Ou então não penses,
Faz e vês que sentes.

Sete de Fevereiro de 2008, Lisboa

Monday, February 4, 2008

Aparentemente hoje estou musical. Não sei porquê. Os motivos não são muitos. Só uma lanche que se aproxima. Enfim.

Eu já não sei se sei

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, Aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o ue queres dizer, Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer

Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

É o amor, que chega ao fim, um final assim,
assim é mais fácil de entender

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se fala-se era fácil de entender


The Gift - Fácil de entender

Sunday, February 3, 2008

Po!

Não devíamos ter relação com nada.
Devíamos ser fantasmas.
Não nos tocávamos.
Não sentíamos.
Não sofríamos.

Estou um bocado farta destes meus sentimentos e desta minha incerteza. Estive hoje a ler partes de um livro - que o meu pai me deu - que consiste em Leis - chama-se 'A Lei de Murphy' - e dizem-nos os cúmulos (o post anterior é parte).
A Lei de Murphy diz-nos que se alguma coisa correr mal, correrá mal e, tem como corolários os seguintes dez:

1. Nada é tão fácil como parece.
2. Tudo leva mais tempo do que se julgava.
3. Se existe possibilidade de diversas coisas correrem mal, aquela que causa maior dano será precisamente a que correrá mal.
4. Se você se apercebe de que há quatro maneiras de uma coisa correr mal, e se ultrapassa estas quatro, uma quinta possibilidade aparecerá imediatamente.
5. Deixadas entregues a si mesmas, as coisas tendem a ir de mal a pior.
6. Sempre que você se decidir a fazer alguma coisa, haverá qualquer outra coisa que terá de fazer primeiro.
7. Toda a solução gera novos problemas.
8. É impossível criar alguma coisa nova à prova de tolos, porque os tolos são sumamente engenhosos.
9. A natureza alinha sempre com a imperfeição oculta.
10. A mãe natureza é muito safada.

Muitos deles são a representação do que eu digo.

WEEEEEE!

Postulado de Boling

Se está na maior, não se preocupe. Há-de passar-lhe.