Sunday, March 30, 2008

Friday, March 28, 2008

Paneleirices!!

São poucas as vezes que podemos afirmar que a vida realmente nos surpreende. É verdade que ainda sou uma 'criança' e que tenho muito (muuuuuuuuuuuuuuuuuito) para aprender. Pelo menos até hoje posso dizer que sei coisas que mais ninguém sabe. Sei de ti, dele, dela, de nós... Sei coisas de que me arrependo, coisas que não me arrependo e coisas que faria exactamente da mesma forma. É importante revivermos os momentos que passaram porque são esses que nos permitem ser e fazer o que somos e fazemos hoje. A mim, sei que me permitem apreciar e amar mais quem realmente merece.

Hoje tenho saudades de certos tempos, de certas alturas e recalco outras menos boas.

Sinto-me num certo dejá vu, isto porque ultimamente penso em coisas de que já não me lembrava. Deixo uma frase daquelas tipo cliché para o(s) leitor(es):

a vida não se mede pelo número de vezes que respiramos, mas pelos instantes que nos tiram a respiração

Thursday, March 27, 2008

Desabafos*

É a trabalhar que o tempo passa. Entretida no mundo da web, das imagens, a ouvir música, apercebo-me que gosto disto. Entretém-me, faz-me funcionar, fazer brainstorming comigo própria e aliás, parece mais difícil do que faço soar.

Tenho sonhado muito ultimamente. Em França tive duas noites horríveis. Estes sonhos e a minha insegurança perseguem-me e sinto que não consigo evitá-los. O sofrimento que me trazem em sonho é demasiado para evitar quando estou acordada e não me consigo dissipar do facto de serem apenas sonhos. Tenho-me confrontado com dificuldades de distinguir o real com o sonho, o que começa a ser preoc
upante, mas não menos divertido ou diferente. Tento manter uma certa sanidade do real e evito falar certas coisas para não me e vos confundir (confuso?).



Getty Images

Wednesday, March 26, 2008

Hoje é o primeiro dia...

Do resto das minhas férias!
Voltei de terras francesas, de vidas parisienses, de horas afim sem sentar. Voltei e sinto-me mal. Nada parece estar no lugar quando volto, e os outros estão desfocados. Já ouvi dizer que 'estou bonita' e 'tinha saudades tuas' mas nada me parece igual e algo parece mudar.
As viagens são boas porque se resumem a, normalmente, seis, sete dias e parecem fazer mudar alguma coisa. A beleza de uma cidade desconhecida é de tirar a respiração. A falta da companhia essencial faz-nos um buraco onde devia estar o 'coração'.
Sinto que devia ter ido contigo ou até contigo, mas que as circunstâncias, épocas e coincidências não deixaram. Acredito que deixarão.
Algo está estranho, algo está errado e mudado. Serei eu?
Apercebi-me de que as saudades são quase uma lembrança daquilo que falta e que, quando estamos entretidos, são uma visão mal focada do que ficou em terras natais.

Em breve fotos e, mais à frente ... Quem sabe!

Sunday, March 16, 2008

Erupções de literatura #2

Depois da conversa vem o romance. Não aquele romance de antigamente, mas o romance pós-moderno. Fantasticamente fogoso e excitante, não apetece parar. É bom, especialmente para matar a saudade! Ele cansado, diz que não, ela, acordada diz que sim. Acaba por sucumbir e adormecem.
Depois de uma noite bem dormida, deixam-se de sono e namoram. A chama aumenta, o calor torna-se intenso, as bochechas do rosto dela tornam num rosa forte. Eles transformam-se e o momento, mais uma vez, torna-se único. Como todos os outros, deixam-se ir. Falam e beijam-se. Beijos saborosos e sentidos, pode-se dizer que molhados até. Chega o momento por que esperam, por que ela esperou a noite passada!
O que os une é o suficiente para quando estão afastados e o que os separa é o suficiente para continuarem juntos. Entendem-se, fazem sexo e ao fim do dia acabam por pensar: isto sim, é uma relação!

Thursday, March 13, 2008

Ignoramous

Quando, numa aula, nos chamam de ignorantes, começamos a pensar um bocado.

Serei mesmo ignorante?

O que é que eu sei?

Nada!

Mas em comparação com o mundo, não sei nada. Tenho os meios e as capacidades para saber mais, mas não sei. Passam-me ao lado. Sou preguiçosa. Sou pouco auto-didacta. Mas tento mudar um bocado todos os dias. Já sei que sou capaz de me disciplinar e tenho de o fazer. É bom perder a cabeça mas, no quotidiano, devemos tentar mantê-la no lugar. Até compro as revistas e tenho os livros, mas acho que me compreendem quando ligo a outras coisas que não devo. Ou seja: é uma questão de prioridades! Tenho de aprender e saber manter.

Entretanto, deixo-vos com uma MÁXIMA em que tenho pensado: quem tudo quer, tudo perde!

Saturday, March 8, 2008

Erupções de literatura #1

Aquela manhã começou cedo e noite tinha acabado tarde. Ela olhou para ele e pensou no que seria se o teste desse positivo. O que fariam?
Rapidamente se esqueceu quando o braço, que passou por baixo do pescoço, a enrolou e apertou e com um simples beijo na testa, adormeceu por meia hora. A porta a bater deu o sinal que despertou rapidamente os sentidos e, nos dez minutos seguintes tudo se esclareceu.
O colchão que estava no chão apelava a explosão de uma coisa maior e tão universal, aquilo que todos os seres humanos têm em comum: o sexo.
Deitaram-se e a sua mão gentilmente percorreu a perna dela. Ela agarrou-o com força, empurrou-o contra o peito e, abruptamente, começaram a beijar-se. Mas não foram beijos simples, foram beijos apaixonados, devoradores, intensos, reflexo da sensação de prazer a explodir sobre um colchão, no chão...
A sensação que ela tem ao pensar na cara de prazer dele, é inexplicável.
Com beijos terminais, carinhosos e meigos, separam-se e deitam-se lado a lado. Ela pondera no que se acabou de passar e ele... Sabe-se lá!
Mas uma coisa é certa. Aquele braço ainda provoca arrepios quando envolve a suave e branca pele dela, que se sente o ser mais protegido e amado do mundo, ainda que por um outro ser quase inconsciente de sono.

Wednesday, March 5, 2008

I have a dream...


Martin Luther King

Lisboa

As ruas e as pessoas de Lisboa são estranhas. Isto faz mal aos que conhecemos e a mim inclusive. Estou um bocado saturada das manias pestilentas e inócuas de pessoas com quem eu convivo, de quem, aparentemente gosto, que só se preocupam com elas (PONTO).
É impressionante como conseguimos que uma qualquer situação nos afecte e nos transforme um dia agradável, ou pelo menos melhor que os outros, e nos deixe com aquela atitude horrível do 'whatever'. Depois vem o frio das 22.30 da noite gelado, que parece mais Inverno e nos deixa com dores de cabeça a caminho de casa. O caminho entre o Campo Grande e o Lumiar é demasiado sinistro à noite. Mas nada melhor que um passeiozinho depois de um jantar em casa de amigos que - parte - tem sido o meu suporte destes últimos meses. Com quem descobri ter mais em comum que pensava e com quem posso confidenciar esta 'difícil' vida. Não quero dramatizar, a quem quero eu enganar, não é difícil, eu é que a torno complicada. Tornamos todos, também aprendi.

Vou começar a colocar todos os dias um post it do dia com o sentimento médio que me inundou. Quero ver o efeito ao longo de algum tempo e aqueles que mais se repetem. Pancadas!

Cansada e pronta para mais uma quarta. Até manhã!

Sunday, March 2, 2008

Nada que uma conversa de mais ou menos 30 minutos não resolva.

Sérgio Godinho - O Primeiro Dia

A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

Teorias

Nos últimos dias tenho-me apercebido da quantidade de teorias e 'coisas' que ouço, que me dizem, que leio, que vejo .. A quantidade de opiniões, de formas de ver, de agir que até chegam a ser cliché!
Não sei porquê ando confusa, perdida, no meio de um monte de pensamentos e sentimentos que me tornam bipolar. Ora estou bem, ora estou mal. Não sei o que pensar, o que fazer. Não sei mesmo! Sinto-me à deriva.

Os sonhos continuam, hoje tive o segundo em apenas 72 horas, com suores, choros, desespero e trocas esquisitas. E por incrível que pareça eles deixam-me confusa e ainda mais triste.

Estou meio desesperada e cheia de saudades que me dão vontade de sair daqui, de ir a outro sítio, de ir onde estou bem ou onde penso que ficarei bem. Vou? Não posso. Parecia estar a dar sinal de fraqueza e, neste momento, perante mim não me posso dar a esse luxo, portanto fico quieta e faço o melhor que o momento me permite.

Também tenho pensado em não fazer planos. Quando os faço, não os cumpro. Quando não os faço parece tudo correr melhor (aparentemente). A vida sem planos torna-se imprevisível, apesar de com eles se tornar também porque parece surgir sempre algum outro compromisso que nos vai impedir de seguir o combinado. Portanto sou apologista de que promessas não se fazem mais. Para quê? Somos todos passíveis de mentir e de enganar. Infelizmente, até eu. E só quando provado contrário é que vou acreditar que alguém realmente é sincero, honesto e capaz de aguentar com o peso do futuro.
Quero tanto fazer planos com alguém. Quero ter esperança em alguém. Sentir-me entusiasmada com alguém. Que alguma coisa realmente vale a pena e o esforço e tudo. Tenho saudades de dramas ou de felicidade genuína. O sofrimento faz-nos lutar e a felicidade faz-nos estagnar ou simplesmente assentar. Quando estou longe luto e quando estou perto estagno.

~~ it's a beautifull day ~~

Assim, e atenta ao que pode acontecer neste momento, aquele que importa porque está a acontecer agora, vou tentar esquivar-me um bocado de mim, deste sítio e procurar o que nele me pode fazer, nem que momentaneamente, feliz.

How's that for speeling it out?