Tuesday, April 29, 2008

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Hoje sou um binómio.
De tudo e de todos.

De mim e de ti.
Já te vais embora, um pedacinho de mim vai contigo!






Erupções de literatura #4

A manhã tinha uma brisa abafada no ar e o quarto cheirava a tabaco da noite anterior. Os bares onde dançaram e se divertiram esgotaram aquele tecido de fraca qualidade, e o cheiro entranhou-se. Ela abriu as portadas da janela que davam para um jardim verde e bem tratado. Ouviu um besouro a voar, provavelmente à procura do seu ninho ou de comida. Ela sentia os lábios secos e, quando olhou para ele, deitado, numa posição serena, apeteceu nunca mais o ver. Ele acordou - secalhar porque pressentiu aquele pensamento que nunca lhe passará pela cabeça - e olhou para ela a sair do quarto. Continuou deitado, a olhar fixamente para o mesmo sítio até ela chegar com uma torrada na mão e um prato noutra. O trincar dela era música para os ouvidos dele, que gostava de ver aquele hábito. Pegou-a nos braços e começaram a brincar, que nem uns palhaços, a rolar pela cama, pelo chão, um por cima do outro, a magoarem-se mutuamente, a darem pancada. Até que os lábios se tocaram, ela cedeu e foram tomar banho. Banho que demorou pouco tempo, a paixão, a vontade era maior e foram para a secretária do quarto. Fizeram amor e deitaram-se no chão, com mais calor que aquele que estava, voltaram para o banho, onde namoraram mais e mais e mais. Aquele momento podia não ter acabado. Mas sabe sempre bem quando ele volta e volta e volta.
Fiquemos sempre com a ideia de que, o que existe entre eles é real, existe, não é mensurável, mas é palpável. Ele agradece e ela, sente-se grata.

À meia noite e 48

Enquanto me refastelo, cansada, ao lado de uma grande amiga, no meu quarto, em Lisboa, penso no que seria a minha vida sem ti, sem o trabalho, sem o lazer, o entretenimento, o amigo, a amiga, a agitação, a emoção. Penso sem parar em tempos que já foram e, não sei porquê, o passado não me assusta. Penso em ti, naquilo que já foi e não me arrependo, porque sei que faríamos o mesmo outra vez - independentemente da pessoa a quem me estou a dirigir.
É interessante recordar o clássico, outras horas, outras noites, porque me fazes falta! E não há problema em dizer isso, porque fazes. Aquilo que uma vez fomos, seremos sempre e para sempre. As relações não se cortam porque deixam sempre um bocadinho de algo em nós. Tu existes em mim, assim como outros que menos desejo que existam. Mas vais sempre existir e isso até é reconfortante e faz-me sentir bem, por saber que já foste e ainda o és e que, passado algum tempo, quando podemos ver as coisas como foram, sentir vergonha ou felicidade, tristeza ou arrependimento, sabemos realmente bem e de consciência plena, de que as faríamos outra vez, e mais uma vez, só para sentir o que aquele momento teve de melhor ou pior para dar. Porque já não vai voltar e a tendência não se mostra boa, por enquanto. Espero que sim, também espero que não e sei que este texto está confuso, mas talvez, quando o leres e releres vais compreender ou então franzir o sobrolho e mandar-me à merda.

Obrigada por tudo e espero que continues sempre aí!

Monday, April 21, 2008

Pelo feminismo!


Dr. Shirley Tilghman, Directora de Comissão do Google

There are 25 years of good social science that demonstrate the many cultural practices that act collectively to discourage women from entering and continuing careers in science and engineering. The research is overwhelming, and it is there for anybody to see. On the other hand, the data that would suggest there are innate differences in the abilities of men and women to succeed in the natural sciences are nonexistent.


Wednesday, April 16, 2008

Dia N ...

De não! É mesmo, ontem, hoje e amanhã vão ser aqueles dias não, mas mesmo não. Obrigada!

Uma noite e um dia!

É o que precisamos para ficarmos assim. Passados da cabeça. Em ebulição, com pouca água. But that's just the way things go right? Só me pergunto o porquê!

Sunday, April 13, 2008

Tuesday, April 1, 2008

Erupções de literatura #3

O doce sabor de despedida envergonha-a, ao mesmo tempo que ele lhe tira as cuequinhas cor-de-pele. Aquela que vai ser a última vez nos próximos tempos, faz com que seja a melhor dos últimos tempos. A paixão é visível, o cheiro a 'ferormonas' sente-se. É impossível não se sentirem possuídos por uma vontade única e principal de se agradarem e serem agradados.
As unhas dele nas costas dela, os movimentos pequenos, suaves, intensos. O prazer que exalam do nariz, da boca, do peito, das pernas. Finalmente, o culminar da relação, o final, em conjunto, em uníssono. Beijam-se, abraçam-se, amam-se!
Ela aproveita essas alturas para ouvir o mais sincero 'AMO-TE' da boca dele, do seu amante, do seu companheiro, do seu motivo de regresso. Sentem-se bem, aliviados, um tanto tristes e acabam a noite a olhar nos olhos um do outro, como se nada mais existisse lá fora e o mundo fosse acabar no próximo instante. Podem dizer que já amaram, que amam e que, no futuro, saberão amar ainda melhor.