Friday, November 28, 2008

Já agora..

A minha ausência prolongada não foi preparada, mas em luto! Luto por um amigo que decidiu acabar com o seu blog e não escrever mais. O que eu acho que é uma pena, porque ler os textos dele era já parte do meu dia ou da minha semana. Comentá-los. E quando ele lia e comentava os meus, também era simpático e motivava-me a escrever mais e melhor (?). Assim, espero que seja eu, agora, a incentivá-lo a não desperdiçar aquilo que sabe fazer e continuar a escrever, nem que seja só para eu ler!

No meu ról*

Aquele sonho do nada, apareceu como um fantasma.
Aquela sensação de prazer, surgiu como um querer.
Uma vontade e uma sensatez,
Repletas de embriaguez.
Tu, eu e aquele lençol,
Que nos enrolou num ról.
Não sei de onde apareceste,
O que fizeste,
E porque ficaste.
Mas foi agradável e sensacional,
Uma rebaldaria pouco racional.
Fruto de um inconsciente carente,
De uma rapariga sedente.
Obrigada por em sonhos me apareceres
E interiormente me rejuvenesceres.

Story Tellers #6

A história que vos conto hoje vem repleta de factos fictícios e não fictícios. Baseados, ou não, na vida de alguém - não necessariamente minha porque se tornaria aborrecido. Quero falar-vos do melhor amigo de alguém. Da melhor pessoa que se pode ter em certas alturas, sejam boas ou más. Ele era mais alto. Mais gordo. Mais tudo. Ela admirava-o em certos aspectos e, apesar de mal se falarem em público, a sua relação mantinha-se por outros meios, mais convencionais para o século XXI. De várias formas adoravam-se e idolatravam-se mutuamente. O sentimento não era recíproco, mas existia. As conversas passavam de um canto para o outro. Ele lembrava-se melhor de tudo o que era dito. Ela, nem por isso. Ele odiava esse aspecto nela. E ela também. Mas a memória nunca foi um forte dela, que gosta de pensar que se lembra das coisas mais importantes. Os dias passavam e eram cheios de conversas e emoções e discussões - sim, porque eles fartavam-se de discutir e desacordar. Mas acabavam sempre com um pacto qualquer, normalmente por amuanço de um ou outro. Eram dias complicados, esses da adolescência. Paixões não correspondidas, ombros para chorar, auto-estimas reduzidas, outros amigos, outras experiências, bebedeiras, discussões, luta por algo melhor que não parecia aparecer. Até que acabaou o 12º ano, o secundário, a vida naquela cidadezeca. Ela foi para longe, ele foi para mais perto. Acabaram por se separar e continuavam a esperar por algo melhor. Ela acreditava que eram capazes de manter contacto, que saírem da bolha da pequena cidade não iria afectar. Mas ambos se aperceberam que alguma coisa tinha mudado. Ele, na sua postura de alto combatente e sofredor, não se mostrava disponível, ela acabou por também não se mostrar disponível. Um desenho que um deles uma vez fez, agora fazia mais sentido do que nunca: o abismo tornou-se maior entre ambos. Já não existiam pontes, nem cordas, nem lianas. Só um grande buraco que seria preenchido por algo melhor. Fica a pergunta: o que será esse 'algo melhor' que eles tanto procuram? Uma casa em Nova Iorque? Um desenho figurativo? Uma aparição numa noite chuvosa? Uma carta? Uma revelação?

Tuesday, November 18, 2008

E depois?

Dizem que depois da tempestade vem a bonança. E quando se está longe? Quando discutimos e não podemos fazer as pazes, ou ver a cara da outra pessoa, a expressão com que ficou. Sempre achei que as pessoas são aquilo que fazem nos momentos de maior pressão. Já tive alguns, não muitos, mas por enquanto os suficientes para saber algumas coisas: o facto de não nos olharem nos olhos significa que sabem que temos razão e que estão errados. O facto de nos quererem dar a mão, que estão arrependidos. O facto de nos tratarem mal, que nos querem afastar.
Quem está em comunicação deve ir aprendendo a ler as pessoas. A forma como colocam as mãos, a quantidade de vezes que usam bengalas na linguagem (como ahh ou tipo).. Isto consta no ABC de crescermos, vamos percebendo cada vez melhor as pessoas e descobrindo as verdades feias que os nossos pais querem evitar, principalmente quando somos crianças.

Enfim.

Peço desculpa os posts pessimistas, mas ando meio negra.

Erupções da literatura #9

O amor abrupto excitava-a. Aquela fugacidade do momento. Aquele espírito carnífice. Aquela vontade de devorar. A paixão no seu ponto mais cruel, de maior prazer. Quando ele passa a mão entre as pernas, entre o peito, entre os lábios. Aquela vontade de o agarrar e arranhar e puxar, a sensação de que a cama se vai partir, que as suas pernas vão cair, o orgasmo vai subir... Excita-lhe que ele a agarre, a prenda, a torne sua refém. Refém de um amor separado, de um amor impossível, de um amor vivo e apaixonante. Não existem muitos sentimentos puros, mas aqueles que eles têm durante o sexo são reais, revigorantes. Tornam-se monstros de prazer. Quando ela lhe toca, lhe agarra, aperta, para cima, para baixo, a sua vontade é de rachar a parede. Puxar o lençol, tapar a boca, morder com força. Quer mais, mais e mais, sem nunca parar, até ao cume. Até não poder mais. Até não querer mais. A melhor parte é o final. Aquele que fica ao critério de cada um.

Também quero!

O Photoshop num estirador. Tirado daqui.

Thursday, November 13, 2008

Um dia..

Um dia quero ter coragem para partir os meus pratos, copos, tigelas, taças.
Um dia quero ter coragem para te mandar à merda.

Um dia quero ter coragem de te beijar.
Um dia quero ter coragem para te mandar à merda.
Um dia quero ter coragem de ler o Memorial do Convento.
Um dia quero ter coragem para escrever um livro.
Um dia quero ter coragem de largar tudo e voltar para a minha cidade.
Um dia quero ter coragem de deixar o meu curso e fazer o que quero.
Um dia quero ter coragem para pegar numa mochila e aventurar-me pelo mundo.
Um dia quero ter coragem para realmente emagrecer.

Um dia quero ter coragem para te mandar à merda.
Um dia quero ter coragem para deixar de comer bolachas.
Um dia quero ter coragem para te mandar à merda.
Um dia quero ter coragem para falar.
Um dia quero ter coragem de rapar o cabelo.
Um dia quero ter coragem para agarrar numa aranha.
Um dia quero ter coragem para ir até aí e dar-te um abraço.
Um dia quero ter coragem de ser mal-educada.
Um dia quero ter coragem de te desafiar para ficarmos acordados a noite toda.
Um dia quero ter coragem de te mandar à merda.
Um dia quero ter corage
m para fazer sexo contigo.
Um dia quero ter coragem para te mandar à merda.
Um dia quero, simplesmente, ter a coragem.

Wednesday, November 12, 2008

An?

Ah e uma mosca a rodear-me a cabeça. E quero ir ao ginásio abater a barriga, as pernas, as ancas. Quero não estar ranhosa ou fanhosa. Quero beber um chá a ferver, comer umas bolachinhas. Dormir agarrada a alguém. Não ter sempre os pés ou mãos gelados. Cortar o cabelo. Ir ao cinema e sair. Conseguir fazer qualquer coisa sem me arrepender. Ir correr para a Quinta das Conchas. Falar com quem não tenho coragem. Andar sempre bem vestida, penteada e devidamente maquilhada. Ter conversas interessantes. Não me repetir ou falar demais. Não inventar desculpas. Sair mais de casa. Controlar-me com as bolachinhas. Investir no ginásio. Ir ao ginásio (eu sei, está repetido). Dizer o que me vai na cabeça. Passar mais tempo com as pessoas que eu gosto (o que geograficamente é impossível). Utilizar menos o telemóvel. Perder mais dois ou três kilos (3 de perferência). Aprender a fazer mais coisas boas na cozinha (e na cama se for possível). Tirar tempo para mim. Parar de tirar as peles à volta das unhas. Ver mais exposições, teatros e filmes. Combinar mais encontros com quem vejo poucas vezes. Não prometer o que não posso cumprir. Comer mais saladas e frutas. Comprar menos roupa, acessórios e afins. Ler mais. Ler muito mais. Ouvir boa música. Aprender as lyrics dos Deolinda. Parar de me lamentar e fazer-me à vida. Trabalhar e esforçar-me mais pelo que quero. Lembrar-me mais vezes de quem importa.
Uma boa aluna de comunicação não pode colocar etc. ou reticências. Tem de dizer exactamente tudo, seja em escrita ou oral. Portanto aí está a minha lista de resoluções para este fatídico número 20.

The day after the 20

Depois de uma breve (e ainda permanente) depressão de fazer os 20, encontro-me sem pálpebras, quase a fazer directa, cansada e doente, a enviar trabalhos e a queixar-me sozinha. Sou uma triste que é tipo escrava, que faz os trabalhos todos - medíocres e maus - e não sabe enfrentar a realidade, muito menos ser dura com ela.

É precisamente uma hora e seis minutos da manhã e eu tenho, literalmente, os dedos a segurar os olhos.

Wednesday, November 5, 2008

4 de Novembro para a história

Parabéns a Barack Obama. Martin Luther King deve estar orgulhoso. (Peço desculpa a paneleirice, mas tenho de mostrar o meu contentamento).

Para melhor o humor..



Youtube

Para avivar a quarta-feira, que estamos a meio da semana e precisamos de um empurrão. A minha precisa mais que isso. Bom resto.



Tuesday, November 4, 2008

Story Tellers #5

Tudo o que aconteceu
Aconteceu porque quisemos.
Tudo o que se passou
Passou porque fizemos.
Tudo o que voltaria a acontecer
Aconteceria da mesma forma.
Com as mesmas palavras e desejos e toques,
Suaves, levados pela brisa do vento.
Entretanto bateu o tempo,
Derrubou-nos.
A distância,
Um instante, um momento, uma altura.
Altura de inocências, ingenuidades, fórmulas, teorias, teoremas, paixões e desalentos,
Mas nós, desatentos,
Deixa-mo-nos ir, ir, ir,
Para não mais voltar,
Para não mais atormentar.
Para cair, cair, cair,
Num abismo que nos fez separar.
Hoje sei, que nada mudou.
Que és tu e sou eu,
Que somos os dois,
Que não somos ninguém,
Mas representamos alguém.
Sei, sei, sei,
Mas acabo por não saber.
Quem és tu desconhecido.
Quem és tu que não me vês crescer.

Monday, November 3, 2008

Mudar de Rosto

Todos mudamos de corte de cabelo, de cor de unhas, de tamanho de calças, de ténis, hábitos. O blog mudou de aparência. Esta semana vou fazer tudo o que poder para entrar 'em grande' na nova idade. Estou meio deprimida, por falta de termo melhor, por isso comprometo-me a fazer x e y para me sentir diferente.

Obrigada ao amigo que me fez o template.

Fon fon fon de segunda-feira!

Saturday, November 1, 2008

1 de Novembro

Acabei de me aperceber que hoje é dia 1 de Novembro (de 2008). O mês dos meus 20 anos, o mês em que começa a ficar mais e mais frio, o mês de habituação, o mês de uma maior realidade e quero que seja o mês da mudança. Um bom Novembro para todos.

There's no place like home*

Estar em casa é a melhor recompensa, passado um mês de independência. É estranho, mas o ambiente familiar é a melhor coisa do mundo. Estar com a mãe, o pai, na vivenda, com lareira, com a TV Cabo, a televisão maior, o sofá confortável, a manta do quarto, o aquecedor ligado pelo pai - depois de uma noite gelada, é chegar ao conforto - o arroz de pato, as sandes saborosas, a frutinha suculenta, o abraço de amor. Acho que sou caseira, que gosto dos assuntos caseiros, dos jantares caseiros. Quanto mais afastados estamos de casa mais gostamos de cá estar. Pena amanhã já ter de voltar para a minha vida. Aquela que vai ser a partir do momento que me começar a sustentar. Nunca se sabe, mas a minha casa vai ser sempre esta.