Friday, February 27, 2009

Capacidade universal

Existe um capacidade universal que muitas pessoas têm e isso afecta o nosso dia-a-dia. São, precisamento 12h14 e, desde que me levantei às 6 e meia da manhã, várias pessoas me afectaram o humor (e atenção, pessoas que não conheço de lado nenhum):

1. Um simples bom dia no ginásio de uma desconhecida

2. O bom humor do professor de pump logo às 7h30

3. A antipatia de um condutor estúpido que deve ter acordado mal disposto

4. A parvoíce de uma velha que também deve ter acordado com os pézinhos de pedra fora da cama

Desculpem a expressão 'uma velha' mas ela foi uma cabra de primeira e sem razão. Enfim! Estou acordad à sensivelmente 6 horas e já passei por isto. A vida em Lisboa tem muito que se lhe diga. Se andarmos de um lado para o outro então, pior. Espero que isto não continue assim!

Sunday, February 22, 2009

Percebes?

O que é que o padre percebe de mulheres?
in Conta-me como foi, RTP1

E o que é que alguém percebe de mulheres? Nem elas próprias sabem o que querem, o que fazem e o que dizem, muito menos o que sentem. Vejo-me confrontada com isso todos os dias. Não é assim?

Thursday, February 19, 2009

Panóplia de cheiros!

Não sei exactamente o que é que se passou hoje pelo mundo do olfacto, mas andei extremamente desagradada e agradada durante parte do dia. Começou com a aula do ginásio às sete e meia da manhã onde, um senhor de aspecto, digamos, peculiar, se sentou na bicicleta ao meu lado porque o pedal da sua tinha rebentado. Exalava um cheiro completamente insuportável e eu tinha de me esconder e afogar no cheirinho a lavado da minha t-shirt. Aproximadamente duas horas mais tarde um cheiro bom no café perto da minha casa onde, antes de ir para o metro, fui comprar uma sandes mista integral que me cheirava e soube extraordinariamente bem. Na baixa e em direcção à escola Ar.Co, para me inscrever num curso, senti o cheiro a Lisboa, o cheiro intenso a xixi espalhado ruas acima; passando pela Sé ao miradouro.. Enfim! Não são necessárias descrições. Depois de inscrita, dirigi-me a Santos para fazer uma nova vaga de inquéritos (impostos pelo estágio para um projecto em desenvolvimento). Mais não é preciso dizer que, quando atravessei as ruas nas costas do mercado da Ribeira e aquele conjunto de restaurantes e ruelas, o cheiro misturou-se entre a carne frita, grelhada, cozido à portuguesa, peixe, lixo e xixi (mais uma vez, VIVA LISBOA!). O último cheiro que me tocou no nariz, de forma mais intensa, foi no caminho para casa, na linha verde do metro de Lisboa, um senhor, já com os seus 70 anos, bem vestidito mas a cheirar a suor e mofo. Mais não vos digo que o pensamento sensorial disto tudo já me dá a volta à cabeça!

Wednesday, February 18, 2009

Novos horizontes

Para novos começos, novas experiências e dias, uma novidade e um refresh. Obrigada aos que me têm visitado!

Story Tellers #11

Hoje, no banho turco, ela estava nua, deitada em cima da toalha, a pensar no erotismo da situação. A criar imagens na cabeça, suscitaram-lhe pensamentos, odores, cheiros, sensações e descalça, enfiou os dedos no chinelos, como um acto sensual, erótico, emocional. Não era rapariga de ter aquele tipo de aversões, se quisermos, mas passou-lhe um inúmero de momentos pela cabeça. Momentos que recordava com mais, ou menos carinho, momentos de ternura e paixão avassaladora. Aquele, era o seu primeiro momento erótico.

EXD 09

Tuesday, February 17, 2009

Eu vou ...


trabalhar aqui!

(Peço desculpa apresentar uma imagem tão pequena, por falta de maior encontrada)

Friday, February 13, 2009

sexta-feira "treuze"

Depois de muito ponderar descobri que, para mim, acabou o mito das sextas-feiras 13. Do quinto ao sexto ano sempre tive desamores com este 'dia' tããããããão diferente dos outros. Sempre me aconteceram desastres: torcer um tornozelo, fazer uma distensão muscular, torcer o pé, o dedo grande, enfim. Digamos que era conhecida pelas minhas visitas hospitalares trezianas. Mas, como tudo na vida, deixamos de acreditar no lado sortudo ou azarado da vida e deixamo-nos ir. Como deixar de acreditar no pai natal ou na fada dos dentes, deixei de acreditar na sexta-feira 13. A não ser que ela me reserve alguma surpresa marota...

Story Tellers #10

Aquele ritual, se é que assim se pode chamar, não era comum na vida de M. Levantar-se cedíssimo, despachar-se, dar um passeio matinal - enquanto ainda era de noite - chegar a casa, tomar banho e dirigir-se à esteticista onde era cliente pouco habitual. Despiu as calças e retirou as meias, deitou-se na maca e dobrou os joelhos. A senhora, brasileira, começou a meter conversa com a M. ao mesmo tempo que começava a espalhar a cera perna abaixo, nas duas pernas. Pegou numa primeira tira daquele material que utilizam para retirar a cera e zumba, uma faixa mais branquinha na pele de M. Outra e outra vez, até a perna ficar lisinha e quase transparente - o seu tom de pele era muito frágil e igualava-se a um copo de leitinho. Entretanto, chegou à parte das virilhas, a parte mais constrangedora desta situação! Ela pensou, todas as mulheres se devem sentir vulneráveis e desconfortáveis nesta situação: de perna aberta, sem cuecas, com um espelho à frente, exposta à sua própria pele, ao seu próprio corpo, quase às suas próprias entranhas. Sentiu a sua cara a corar e viu o seu reflexo a copiá-la. A brasileira lá fez o seu trabalho, demasiado bem, com muita atenção aos pelitos que se recusavam a sair das zonas mais difíceis do clitóris - sim, M. pensou, porque ela chegou a esse extremo suave e tão embaraçoso. Apesar de não ter namorado, M. gostava desta sensação suave e sem pêlo. Pensou se alguma vez estaria naquela posição para o próprio amante. Ao terminar, a brasileira pegou numa toalhita - daquelas de limpar os rabiosques dos bebés - e começou a retirar o excesso, quase a chegar à bexiga. Foi o momento mais estranho, constrangedor, horrível da vida de M. e nunca sentiu tanta vergonha, de uma e outra pessoa. Pensou, também, que nunca na vida gostaria de ser esteticista e fazer de vida olhar para os pêlos de outras mulheres e arrancá-los com uma pinça que, sejamos sinceros, é quase a mão. M. ficou a analisar o ambiente, enquanto a brasileira tirava a parte de trás das pernas. Não seria aquele um ambiente ideal para filmarem, através do espelho, e publicarem na internet? Enquanto uma mulher tem aqueles momentos embaraçosos, alguém, por detrás do espelho, com uma câmara, a filmar e filmar e filmar. Não? Será assim uma ideia tão estúpida? Pensou M. ...

Tuesday, February 10, 2009

Medo!

Do que está para vir*

Sunday, February 8, 2009

SPM

Síndrome Pré-Menstrual!

Thursday, February 5, 2009

Vicky Cristina Barcelona






Não me perguntem porquê, mas este filme abalroou-me! Senti-me demasiado identificada. Mete medo!

Boa notícia do ano!

Arranjei estágio na organização de um evento (inter)nacional de design de renome, que fica por revelar aos mais próximos. Não remunerado e de três meses, não podia estar mais contente!

Story Tellers #9

Acho que, desde sempre, ele foi uma pessoa medrosa. Arriscou pouco na vida. Tinha medos e receios de não conseguir, de desiludir, de falhar, de não alcançar, de chorar. Então não tomava iniciativa. Não fazia absolutamente nada. O que é estranho porque, mais cedo ou mais tarde, somos todos deparados com a grande decisão de arriscar (ou não). Mas nos seus 29 anos de vida, estagnada, monótona, reprimida, estrangulada, nunca teve coragem para dizer 'eu faço' ou 'eu alinho' ou até 'eu vou'. Nada. Nunca tinha estado envolvido seriamente com alguma rapariga, por serem sempre elas a darem o primeiro passo, não tinha tirado o curso que queria, por ir nas ondas dos pais, portanto era hoje médico num hospital público. Não gostava do seu trabalho e não o fazia de sorriso nos lábios. Deixava os dias passarem e passarem, correrem ao seu lado como uma brisa fria de inverno. Era um conformista, um extremo conformista. Não tinha partido político, abstinha-se em todas as eleições. Tinha uma casa decorada pela sua mãe, ao gosto e amor dela. Não desgostava, mas não era aquela a sua casa, não sentia pertença, nada. Não tinha hobbies, passeava pouco e a sua vida social, se é que se lhe pode chamar assim, reduzia-se ao percurso entre o trabalho e casa e vice-versa. A sua revolta não era muito grande, tinha medo de se revoltar, poderia magoar-se por magoar alguém. Por estranho que pareça, uma semana depois de se aperceber da sua miserável vida, os pais foram encontra-lo enforcado na sala tão amorosa e bem decorada da 'sua' casa. O cheiro era insuportável e o ar mórbido e escuro da sala assustava de medo a mãe. Ao seu lado, estavam uma data de envelopes selados e um papel meio amachucado escrito a tinta permanente:

Mãe e Pai,
Quero que saibam que tomo esta decisão em plena consciência de que me vou magoar e muito mais a vocês. Não suporto sofrimento e não suporto ver o mal do mundo reflectir-se em vocês, ou até em mim. Não quero parecer egoísta, mas esta foi a maior e melhor decisão que tomei na minha vida. Um passo em frente, por mim, por vocês, pelos meus pacientes, pelo meu hospital, até pelas poucas raparigas com quem estive. Vou virgem, solteiro, sem descendentes, mas vou feliz, sabendo que nunca mais poderei magoar ninguém ou a mim próprio. O sofrimento acaba e.. Não é isso que todos queremos?

Veio-se saber que, este médico de 29 anos era filho único e nunca tinha gasto um cêntimo que ganhava, sem ser em despesas básicas de comida e casa. O hospital dava-lhe um passe para os transportes (visto ele se recusar a andar de carro, podendo de qualquer forma irritar outros condutores ou a ele próprio). Todos os seus colegas o respeitavam e consideravam o médico mais sábio e humilde. Pela pouca conversa que dava, perceberam todos o quanto sentiam a sua falta e o quanto o invejavam por ter tomado uma atitude tão pouco ortodoxa mas que finalmente demonstrou o poder que devemos ter sobre nós e sobre as nossas decisões, pensamentos e atitudes. Apesar de sermos todos influenciados por alguém, ele sabia que no fundo, a decisão final era dele.

Wednesday, February 4, 2009

Tendências

Existem tendências para tudo: moda, atitudes, comportamentos, música, cidades, clubes, casas, zonas (...) nunca é demais neste mundo tendencioso, a apontar sempre os dedos para alguma coisa ou alguém. Tenho pensado muito nisso ultimamente, principalmente no mundo da moda, mas as pessoas também são meio tendenciosas e não fazem por menos. Pode ser de uma doença chamada integração ou a vontade de. Não? É capaz. Também sofro disso, mas tento não me deixar afectar tanto. É assim. Estamos condenados a segui-las, mesmo não querendo, mesmo não tendo consciência, mesmo forçando. Parece que cada vez menos as pessoas não querem pertencer a nada e isso já se torna tendencioso. É a tendência!

Monday, February 2, 2009

NOTA ou PS

Eu não tenho 29 anos, nem lá perto, mas sei por falar com ele.

Fevereiro (!)

Mais uma vez, venho expressar terrores e pavores ao domingo. Apesar de este se mostrar meio adormecido (porque me fartei de dormir em viagem), é um domingo, é mesmo e está já a chegar ao fin. Para além de ser domingo, é dia 1 de Fevereiro, um mês que, ontem em conversa num café com dois amigos, cheguei à conclusão que não é um bom mês, nem um que apeteça muito - principalmente pelo cliché dia dos namorados. Sinceramente nunca fui fã e arrependo-me sempre de o comemorar, mas o que é que se há-de fazer, é cliché, sinto que é o meu pedaço de normal (?). Por outro lado, é também o mês em que o meu irmão faz anos (29 em 2009) e isso não me desperta emoções, mas uma extrema empatia ao factor envelhecer. Sabem, como vivo com o meu irmão percebo bem o que é ter a idade dele e o que ele sente. Sente que não atingiu nada particularmente extraordinário, muito menos os sonhos que temos aos 20 anos - seja de conquistar ou salvar o mundo, viver noutro país, ter família, casa própria, independência no sentido da palavra. Isso faz-me recear por mim. Mas essa é outra história, ou outro post.