Wednesday, June 11, 2008

Erupções de literatura #7

Naquele dia estavam chateados, mas fizeram sexo na mesma.
A brutidão, força, chapadas, beijos, dentadas, apalpões e a brutidão [outra vez] fizeram com que se amassem irritados. Ela ficou aleijada, ele dorido e ambos satisfeitos, envolvidos numa nuvem de prazer que os fez voltar para a cama e fazer repetir duas, três e quatro vezes. Gostavam de estar chateados a fazer sexo, a consumirem-se, a darem um prazer doloroso ao outro. Queriam-se magoar mas a vontade de estarem naquele acto meio sadomasoquista era maior, consumia-os.
Não disseram nenhum 'amo-te' ou 'gosto de ti' ou 'estou-me a vir', limitaram-se a fazer sexo. Mas ... Estranhamente nunca se tinham olhado tão intensamente nos olhos um do outro e sentido assim. Um bicho possuí-os e amaram-se como nunca. A delicadeza fica para as vezes que fazem amor ou não estão chateados.
Desta vez, não se sabe o que ela pensou, mas ele ... Que queria mais!