Tuesday, March 31, 2009

preto&branco ou colorido?

e quando ficamos cientes da gravidade do assunto que, até agora, temos andado a remoer? quando ele começa a transparecer todos os seus pontos nos i's e a coisa fica séria. começamos a ficar preocupados, connosco, com os outros e o poder de tomar uma grande decisão pode ter consequências catastróficas que resultarão em meses de dor, choro e sofrimento. chorar todos os dias não é solução, dizem eles. chorar de vez em quando faz bem à saúde [mental]. e depois vem aquela música muda de vida se tu não vives satisfeito, que por acaso acho que a letra já passou aqui no blog há um tempo atrás.

Monday, March 30, 2009

Blur

Começou de forma incerta. Numa casa. Com dois colegas, o M. e a S. O M. tinha caído de skate e aleijado no rabo. A mãe do M. estava a fazer um curativo, a tirar os pedaços de pedra e a colocar ligaduras onde estava dorido e ferido. A S. e eu ríamos, era uma situação com piada e M. acabou por se rir também. Noutra casa, já eu estava e apareceu ele, belo, esbelto, como sempre o vi e conheci. Apareceu sorrateiro, com uma conversa que me agradava e eu estava extremamente sedutora, convencida do que queria e do que estava a fazer. Atrás do balcão da cozinha despi a blusa. Fiquei em soutien e ele, observava-me, como quem observa alguém que deseja, que quer possuír e ter. Entretanto chegou S. que interrompeu. Saí cheia de vergonha a tapar-me com as mãos. No quarto vesti outra t-shirt, branca por sinal. Quando ia ter com ele, P., à estação de comboios para me declarar e fazer amor, ele abraça outra. Uma outra, loira, menos alta, mais esbelta, diferente. Abraça, beija. Os anos passam e eu, sempre naquela estação a vê-los despedir, ao som de uma música que nunca na vida ouvi (e tenho quase a certeza que não existe). Ele sempre lindo, sempre afastado de mim, nada meu. E eu a querê-lo. Finalmente, quando arranjo a coragem para me declarar no momento em que ela entra para o comboio, acordo. São 9h07, tenho de me despachar porque é segunda-feira, a semana começa e não me dá tréguas. Fico pensativa, com a música na cabeça e apercebo-me que o meu sonho reflecte alguma coisa.

Sunday, March 29, 2009

E agora?


como sempre, daqui.

E se for mesmo verdade? Se é isto que eu sinto? Que ambas sentimos? Ir juntas é a melhor solução.

Sunday, March 22, 2009

#adulthood

daqui, para todos, um bom domingo!

Saturday, March 21, 2009

He's Bobness

When you got nothing, you got nothing to lose



Bob Dylan, Like a Rolling Stone

Tuesday, March 17, 2009

Moda Lisboa

Depois de uma ausência mais prolongada que o costume das vistas blogueiras, apresento-me no início da semana depois de 5 dias intensos de trabalho - que passei sempre doente e a benurons - na Moda Lisboa. Digo já que fazer o sitting não é coisa fácil mas compensa em muitos aspectos! Ver os desfiles em primeira mão e de frente para a passarelle é do melhor que há. Assim passo a opinar os que mais gostei: Ricardo Preto, aforest-design, White Tent, Katty Xiomara, Filipe Faísca e Custo Barcelona (estreia absoluta em Portugal e a prova de que todas as cores se podem misturar, com cuidado). Rodeada de todo o tipo de gente, cheguei ao final com sensação de leveza, de trabalho cumprido e acima de tudo, com vontade de repetir. O espírito de equipa (nada respeitado por alguns) é muito forte e intenso e são quatro dias a criar relações que germinam e se intensificam. Dito isto, que não parece mas é muito, volto à minha bela rotina de ginásio-estágio-faculdade-who knows what.


(as imagens estão dispostas respectivamente com a ordem enunciada acima)

Tuesday, March 10, 2009

Só hoje

Hoje sou mulher. Sou rapariga. Sou filha. Sou trabalhadora. Sou doente. Sou calorenta. Hoje, não estou nos meus dias. Cobro-me de uma película protectora do exterior. A película da aparência. A película que não deixa transparecer o que se passa. O que sinto. O que me apetece fazer. Se me apetecer gritar contenho-me. Se me apetecer chorar não posso. Quero dizer para ele ficar, para não me deixar sozinha. Afinal, teve comigo desde bebé. Criou-me. Sabe o que eu sinto. Sabe que estou assustada e que me tenho esforçado. Quero pedir para o outro ficar comigo em casa. Fazer-me companhia. Falar comigo e partilhar experiências. Outro que me conhece desde que nasci. Dois dos três homens da minha vida. Ao se aproximar um dos dias mais importantes da minha vida, sinto-me sozinha e tão acompanhada. Acabar o curso. Não acabar. Continuar estudos. Parar um ano. Não parar um ano. Não sei. Isto tudo pôs-me doente. Não cheguei a adormecer esta noite. Entre as dores de barriga, de rins e tudo na minha cabeça, acordei mal. Continuo mal. E assim continuarei até...

Tuesday, March 3, 2009

Manifesto do medo

Tenho medo. Tenho muito medo das pessoas que me rodeiam. Tenho medo de não conseguir confiar nelas, de não conseguir viver às expectativas delas, de não de conseguir fazê-las sorrir, de não significar nada para elas, de não ser ninguém ou ser apenas mais alguém. Quero conseguir ser extraordinária em tudo o que faço, em tudo o que sinto, em tudo o que digo. Quero representar alguma coisa de maior, de mais, de melhor. Tenho medo de não acreditar e não conseguir ser acreditada, que não confiem em mim. Tenho muito, muito medo porque as pessoas são horríveis. Eu sou horrível. Ninguém consegue conter-se, ninguém consegue acreditar, ninguém quer acreditar. Andamos todos às turras uns com os outros. Todos a ganhar uma espécie de mesquinhice, de cinisismo, de ganância por algo que não devia existir. Deviamos tentar ser nós e que os outros gostassem de nós, conseguir ganhar a confiança deles e ponto. Não podemos deixar de ser genuínos, de ser intuitivos, de ser espontâneos, de ser confiáveis. Tenho um medo terrível de nunca ter ninguém que confie em mim algo que lhes é muito secreto, muito perto. Nunca nos queremos tornar vulneráveis mas acabamos por nos magoar, por acabar os dias a chorar na cama, a molhar a almofada com algo que nem deve existir. Quando tudo parece bem e por dentro estamos uma trapalhada, nada faz sentido. O esforço, a dedicação.. Parece tudo idiota, pointless, vácuo, tipo buraco negro. Tenho medo destes sentimentos que estou a sentir. Que me consumam, que me tornem num bicho que eu não quero ser. Quero deixar de fazer isto ou fazer aquilo. Eu sei que mantenho promessas, guardo segredos, mas não consigo deixar de sentir, não consigo deixar de partilhar, de julgar.. Odeio julgar, acho que não devemos julgar, mas eu julgo, sou sincera e não devia, porque isso não se faz a quem se gosta e nunca devemos desconfiar dos motivos dos outros. Then again, quem nos garante a sinceridade dos outros? Se no quotidiano aprendemos que não se deve confiar ou largar corda porque acabamos sempre no lixo com qualquer coisa ferida, aleijada. As paradas sobem cada vez mais e cada vez mais é complicado sermos, convivermos, falarmos, confiarmos.. Tenho mesmo, mesmo medo.

Sunday, March 1, 2009

Março

Este mês tem muito que se lhe diga.