Friday, May 30, 2008

Erupções de literatura #6

Depois de um descanso de meia hora, voltaram-se um para o outro. A perna dela cruzou em cima da dele. Encostada à parede percorreu as costas dele e a mão dele as dela, até chegar ao rabo e às coxas. Suavemente estenderam-se os dois, começaram aos beijos, às carícias, aos toques. Rapidamente se despiram e fizeram amor, lenta e levemente. Com o quarto às escuras amaram-se, apaixonaram-se e sentiram, pela primeira vez, em muito tempo, um ao outro. Dedicados como antes, a pensar naquele momento, naquela pessoa e em nada mais. No fim, ela pensou que iria dormir descansada, reconfortada, satisfeita e amada e ele ... Quem sabe!

Wednesday, May 28, 2008

Erupções de literatura #5

Desta vez foi diferente. Não houve amor, nem sexo, nem carinhos. Mas uma discussão. Uma forte e feia discussão.Como em todas, disseram-se coisas e coisas e não saía nada de jeito.Rapidamente esmoreciam os dois e rapidamente se aperceberam de que não é aquilo que os separa, mas que os mantém juntos. Com os piores momentos vêm as maiores realizações.
Cada um tem a sua interpretação de amor, de sexo, da vida. Falam delas, fazem-nas.E quando chega o momento da verdade, de pensarem nelas, o que é que acontece?
O amor não se foi, o sexo há-de vir, mas por agora, ficam-se nestes termos, porque se amam e é só uma fase.

Um ano...

... e já alguns dias.

Apercebi-me agora que faz este mês de Maio um ano, desde que comecei o blog. Que maravilhosa coincidência. Tenho-me visto, ultimamente, muito presa a esta virtualidade. Como uma espécie de diário. Penso no que quero escrever nele e acabo por escrever muito pouco ou não tanto como desejava.
Ao ler o que escrevi, não me faz sentir nostálgica, mas que cresci e aprendi qualquer coisa. Parece-me pouco, mas aprendi. Já não passo o dia todo a falar para as paredes. Não 'ouço tantas vozes', tenho qualquer coisa onde me agarrar. Algo em mim que não existia. Não sei o que é que se chama a isso, mas há qualquer coisa.

Choramingar

Às vezes penso se faz mesmo bem chorar.
Se não faz doer mais uma ferida aberta que parece difícil de fechar.
Parece que ficamos com falta de ar.
Com vontade de nos atirarmos da janela do quarto anda
r.
Que vai tudo desabar e cair aos nossos pés (ou que já caiu).
Tenho o velho problema de dizer mais do que devo.
De ser orgulhosa e não dizer o que devo.
Não sei o que é pior: estar sempre contigo ou estar afastada e ver-te de vez em quando!
Não sei o que é que me custa mais.
Não sei concertar as coisas.
Não as compreendo!

Credits by Veer

Saturday, May 24, 2008

Definição de Felicidade

Para vós, o que é felicidade?

Para mim, o dia de hoje foi. Acordar ao lado dele. Almoçar com pais, irmão e antigos amigos dos pais. Passear à chuva pela praia de Paços de Arco. Beber chá num café à beira mar. Pensar que, felicidade, não tem de ser um êxtase, não tem de nos fazer sorrir. Tem de nos fazer sentir bem. Fazer sentir que são estas as coisas de que e quem vamos ter saudades, um dia mais tarde. Saber que existe amor, amizade, e que, independentemente do que se passa lá fora, ali, é o momento que interessa.

Para vós, o que é felicidade?

Friday, May 23, 2008

Conflitos. Gestão. Conflito.

Nascemos, vivemos e arranjamos conflitos.

Eles vivem ao nosso lado, perseguem-nos, como uma sombra.

São inevitáveis e andam sozinhos.

Fodem-nos a vida e ainda levam um pedaço de nós.


O que é que pensamos durante algum conflito ou confrontação?

Eu sei que penso que devia ter ficado calada, ou que quero acabar tudo, ou que não mereço, ou talvez que é inútil, que são futilidades, que a vida é mais que conflitos, que existem coisas piores que conflitos. E existem. Mas nós não passamos por elas. Ouvimos toda a vida que somos uns lucky bastards, que não passamos fome, não somos sem abrigo, não andamos a pedir, não somos cegos, surdos ou mudos. E depois, à mínim
a discordância BUM, entramos em parafuso e a vida vai acabar e uma frase qualquer num filme que vamos ver nos faz chorar e pensar que nada está certo. Quando momentos a seguir vamos sentir-nos melhor, fingir que nada se passa ou agir - como cada um age - às situações conflituosas. Só me apetece dizer, a mim própria inclusive, GET OVER IT!

Credits by VEER

Wednesday, May 21, 2008

Espontaneidade!

Ontem, tive um dia diferente. Um dia completo. Um dia giro!

Sem contar com a manhã e início de tarde.. Fui a casa de um colega, e amigo de trabalho, do meu irmão pedir conselhos para um site. Depois de uma hora e meia, saímos lá de casa. Eu e o meu irmão - às 21.30 da noite - fomos procurar incessantemente um restaurante para comermos. Saímos na estação do Rato, percorremos o Bairro Alto [ainda nos deparámos com um maluco] e finalmente saímos na Praça de Camões. Mais umas voltas e baldrocas, acabámos por jantar num restaurante que eu gosto muito, numa praceta, muito calminho. Estava uma noite óptima. Com a barriga cheia, não me apetecia nada ir para casa. Então mandei uma mensagem a uma amiga para irmos passear para o Parque das Nações. Assim foi. Fomos passear, conversar e divertir. Cheguei a casa à 1.37 da manhã, contente, feliz, porque o meu fim de dia foi totalmente espontâneo e eu sinto falta desse tipo de coisas.

Ser espontâneo é óptimo!
Até comentei com os meus amigos no passeio. É tão bom e eu sinto tanta falta. Se pensarmos, são coisas que nos fazem sentir bem, porque não foram pensadas e que valem sempre a pena, porque na vida, não se pode planear tudo - como eu costumo fazer - e por inércia deixo-me ficar.

NOT ANYMORE!

:)

Sunday, May 18, 2008

Estou ...

Seriamente deprimida!

Ao contrário de Malibu 'Seriamente na boa'

As seis (6) personalidades

Hoje, apercebi-me que tenho seis personalidades.
Uma para ele.
Uma para os meus amigos.
Uma para os meus pais e irmão.
Uma para os meus colegas.
Uma para as pessoas que não conheço.
Uma só para mim.
Sei que reajo de forma diferente, que falo de forma diferente, que ajo de forma diferente, que penso de forma diferente. Assusto-me muito com uma delas. A pior e mais destrutiva. Mas é a melhor de todas, a que me faz ser eu, na minha genuidade, ignorância, pureza.

No outro dia aprendi que a comunicação não é pura, não existe tal coisa. Acontece com interferências, ruídos. Assim, quando comunicamos connosco próprios, não existem interferências, não existem mentiras ou enganos. Existimos nós.

É verdade. É mesmo.

Sunday, May 11, 2008

Estou apaixonada!

Não sei se já vos aconteceu, mas ontem apaixonei-me!

Não pensem que é um post sobre amor por outra pessoa, lamechisses e coisas assim. Vou falar-vos do que ontem conheci, entranhei e adorei!

Começou por um encaminhamento de metro até aos Restauradores para seguir para a Avenida da Liberdade. O quarto concurso de fotografia, sob o tema 'A vida e a água' patrocinado pela EPAL. Passando pela Baixa, Praça do Comércio, Cais do Sodré, comecei a descobrir os prazeres da minha nova paixão: LISBOA! É verdade. Os prazeres que tive ontem não se comparam a muito. Com a companhia do meu irmão descobri o que há muito devia ter explorado e conhecido. A minha cidade, o meu novo mundo.

Pouco depois seguiu-se os portos, as docas, Santos e uma das ramificações do Aqueduto. Linda e maravilhosa, a minha cidade começou a dar-me com o sol na cara, depois da chuva e vento. Um eléctrico conduziu-nos até Belém onde almoçámos, gastronomia portuguesa e acabámos com café e dois pastéis de Belém (ninguém consegue comer só um!). A volta foi feita quase toda a pé, com uma paragem num igreja, que foi a coisa mais bonita do meu dia, com uma vista sobre o Tejo e a Ponte 25 de Abril. Breathtaking!

Na outra ponta esperava-nos a Santa Apolónia e as lojas alternativas à beira Tejo.

Vinte minutos de espera fizeram-nos entrar no 759 para darmos uma das maiores voltas de autocarro com destino Oriente. Passei pelas Zonas todas de Chelas - inclusive a famosa Zona J.

O passeio pelo Parque das Nações durou uma hora e pouco porque o tempo estava a esgotar-se para o concurso. De volta ao Rossio, tirámos as últimas fotos, encaminhámo-nos para a Avenida da Liberdade e entregámos o rolo. De volta a casa, encomendámos uma pizza e depois Bairro. Conheci a minha cidade, o meu irmão, e descobri mais sobre mim e as minhas potencialidades. Não podia ter pedido um dia melhor.

Obrigada cidade. Obrigado irmão. Obrigada :)

Tuesday, May 6, 2008

Humanos [Muda de Vida]

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se a vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será te ti ou pensas que tens... que ser assim


Ver-te sorrir eu nunca te vi

E a cantar, eu nunca te ouvi
Será te ti ou pensas que tens... que ser assim

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se a vida em ti a latejar


Monday, May 5, 2008

Qualquer coisa de nada #

Caminhas ao meu lado sem saber o que fazer, não dizes nada porque não tens que dizer.
Sabes que vamos, sabes que ficamos, sabes que talvez um dia..
É sempre diferente e não queres que seja igual,
Acabamos por nos tornar um abismo em espiral.
Não te quero aqui, assim,
Mas quero algo de fenomenal.
Sopra-me ao ouvido, enquanto escuto o que me dizes.
Sussurra palavras, dá-me teoremas e cria matrizes.
Apesar de tudo, fica-mo-nos assim, partidos e despedaçados,
A ler má poesia e pouco encantados.
Não desesperes, o pior ainda está para vir,
Na sua forma eterna, acabamos por sorrir.

Friday, May 2, 2008

Não podemos reclamar!

Já agora, e relativo ao primeiro de Maio, recomendo o novo videoclip dos Radiohead, escolhido pela MTV para este dia. É grande!

Porque na vida há mais que grandes momentos ...

Temos de saber apreciar os pequenos, que nos barram manteiga pelo dia. Hoje tive vários:

- Sozinha, a aproveitar o sol de uma sexta-feira na cidade da minha vida

- A secar-me numa toalha acabada de sair do sol

- A comer um pedaço de folar fora de época

São estes pequenos momentos que fazem a saudade e o regresso valerem a pena. É bonito sentirmo-nos felizes por estas coisas que não fazem sentido, que acontecem, mas que podem gerar um post num blog, um sorriso estúpido ou até um descanso merecido e solitário. E porque estar sozinho não é mau, quero que estes momentos se repitam. Amanhã, é outro dia, feito de muito mais pequenas coisas.

OBRIGADA!