Sunday, June 8, 2008

A tradição do Domingo

Aquele dia começou que nem outro. Com as persianas meio abertas, o sol a entrar pelas brechas, o quarto quente e a t-shirt - que ele usava para pijama - transpirada.
Levantou-se, abriu as persianas e bocejou para aquela paisagem tão familiar, do prédio da frente. Na casa-de-banho, levantou o tampo, que davam-lhe na cabeça, lavou a cara no lavatório e dirigiu-se para o sofá da sala, que era demasiado confortável.
Acordou, três horas depois, ciente do que tinha acontecido e irritado, porque tinha de estudar para o dia seguinte.
Pegou nos apontamentos apressados das poucas aulas a que foi e começou a ler. Não tardou adormeceu outra vez. Acordou às seis da tarde, com o telemóvel a vibrar, era o amigo a dizer que tinha acabado de acordar. Estranha coincidência porque ele, mais uma vez, também. Evitou responder porque sabia que o amigo lhe ia telefonar e acabavam por ir tomar café até horas nada de jeito.
Voltou a ler os apontamentos mas ouviu o estômago a roncar. Levantou-se, fez uma pizza e sentou-se a ver televisão, notícias da selecção nacional que jogava na próxima quarta-feira.
Terminada a pizza, sentou-se novamente no sofá e leu. Leu as três extensas páginas de matéria que tinha acumulado naqueles, quase, cinco meses de aulas.
Entretanto, era meia noite e tinha de ir dormir, que no dia seguinte acordava cedo para fazer a frequência.

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