Wednesday, December 24, 2008

Traulitadas do costume

Começam cedo as mensagens de boas festas e etcs. mas o que fica disso tudo? Não passam de coisinhas que já estão feitas e as pessoas limitam-se a alterar o nome no final. Hoje enviei uma mensagem a um amigo que me respondeu obrigada pela tua mensagem, foi a melhor que recebi até agora. E perguntam-se vocês porquê. Dizia apenas Bom Natal e um beijinho a toda a gente. Simples e eficaz. Claro que adicionei o nome do destinatário pelo meio, mas realidade não é para aqui chamada. Entretanto delicio-me com as preciosidades do Natal: família, boa comida, muitas velhinhas, azevinho, filmes de Natal na televisão, calor e verdades. Sim, porque eu sou apologista do que ELES dizem, no Natal dizem-se as verdades. Passo a minha palavra até ao ano 2009 que, por estranho que pareça, nem acredito que já está aí.
Desculpem a minha pequena revolta nesta época em que ando muito lamechas, mas aqui não consigo pôr nem metade do que estou a sentir neste Natal. Obrigada e bom Natal.

Monday, December 15, 2008

Paris e Palin

Numa pesquisa para um trabalho... Divirtam-se!

The Manifesto II

Enrolada em lençóis, com a cafeína a fazer efeito, o quarto gelado, os dentes lavados, a casa arrumada, a mala do dia seguinte feita, a cabeça a estoirar, os barulhos a se tornarem mais intensos e agressivos - na sua cabeça - um livro espectacular na mesa-de-cabeceira, ela pensa: MERDA!

The Manifesto

Ela senta-se a pensar no que fará a seguir. Depois de longas semanas, obras no prédio (toc toc toc toc toc toc toc) e pessoas insuportáveis e ingratas, senta-se na sua cadeira - que gira - aquecedor aos pés, casaquinho roxo e botinha preta, cabelo tipo juba e com uma data de onomatopeias na cabeça e diz: FODASSE!

Monday, December 8, 2008

OUVIDOS CHEIOS DE ALGODÃO

(ainda a continuar o post anterior)

Primeiro tapo os ouvidos
com ambas as mãos
para não mais ouvir
o eterno sussurro.

Depois começo a encher
os ouvidos de algodão,
grandes pedaços de esquecimento.
Poderei assim escapar?

Para ficar convencido
de ter achado a solução
corto as orelhas
segundo um método experimentado.

Ei-las diante de mim
como duas conchas do mar,
cheias de eterno sussurro
e de anestesiante algodão.

LASSE SÖDERBERG

O poder da solidão..

Ela viu-se num fim-de-semana muito solitário. Sempre em casa. Pouco acompanhada. Quase por um fantasma. Tudo bem. Fins-de-semana assim ajudam. São simpáticos. Para uma certa calma e relaxe. É sempre bom. Mas não em demasia. Socorro, pensava ela, Não sei o que fazer, o que pensar, estou farta de mim, da minha consciência, do meu pensamento, farta! Até tenho pena, porque, pessoalmente eu gosto do meu tempo sozinha, para mim, sem me chatear com os outros. Mas ela, odeia, abomina essa faceta da vida dela, a de estar sozinha, assustada, acompanhada apenas de nada, de materiais inúteis, de coisas sem uso, merdosas. Enfim, pensa ela, nada que não consiga ultrapassar com o dia de amanhã.

Thursday, December 4, 2008

Bom fim-de-semana*

A vida ri-se das previsões e põe palavras onde imaginamos silêncios e súbitos regressos quando pensamos que não voltaríamos a encontrar-nos.

José Saramago in A Viagem do Elefante

Tuesday, December 2, 2008

Recomendo:

Ultimamente tenho ido muito ao cinema. Recomendo só estes. Espero que os vejam e os apreciem como eu.

W. para os interessados.


Body of Lies, para os revoltados.


Blindness, para os poderosos.

Arte de Roubar, para os divertidos.