Monday, March 30, 2009

Blur

Começou de forma incerta. Numa casa. Com dois colegas, o M. e a S. O M. tinha caído de skate e aleijado no rabo. A mãe do M. estava a fazer um curativo, a tirar os pedaços de pedra e a colocar ligaduras onde estava dorido e ferido. A S. e eu ríamos, era uma situação com piada e M. acabou por se rir também. Noutra casa, já eu estava e apareceu ele, belo, esbelto, como sempre o vi e conheci. Apareceu sorrateiro, com uma conversa que me agradava e eu estava extremamente sedutora, convencida do que queria e do que estava a fazer. Atrás do balcão da cozinha despi a blusa. Fiquei em soutien e ele, observava-me, como quem observa alguém que deseja, que quer possuír e ter. Entretanto chegou S. que interrompeu. Saí cheia de vergonha a tapar-me com as mãos. No quarto vesti outra t-shirt, branca por sinal. Quando ia ter com ele, P., à estação de comboios para me declarar e fazer amor, ele abraça outra. Uma outra, loira, menos alta, mais esbelta, diferente. Abraça, beija. Os anos passam e eu, sempre naquela estação a vê-los despedir, ao som de uma música que nunca na vida ouvi (e tenho quase a certeza que não existe). Ele sempre lindo, sempre afastado de mim, nada meu. E eu a querê-lo. Finalmente, quando arranjo a coragem para me declarar no momento em que ela entra para o comboio, acordo. São 9h07, tenho de me despachar porque é segunda-feira, a semana começa e não me dá tréguas. Fico pensativa, com a música na cabeça e apercebo-me que o meu sonho reflecte alguma coisa.

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