Tuesday, April 29, 2008

À meia noite e 48

Enquanto me refastelo, cansada, ao lado de uma grande amiga, no meu quarto, em Lisboa, penso no que seria a minha vida sem ti, sem o trabalho, sem o lazer, o entretenimento, o amigo, a amiga, a agitação, a emoção. Penso sem parar em tempos que já foram e, não sei porquê, o passado não me assusta. Penso em ti, naquilo que já foi e não me arrependo, porque sei que faríamos o mesmo outra vez - independentemente da pessoa a quem me estou a dirigir.
É interessante recordar o clássico, outras horas, outras noites, porque me fazes falta! E não há problema em dizer isso, porque fazes. Aquilo que uma vez fomos, seremos sempre e para sempre. As relações não se cortam porque deixam sempre um bocadinho de algo em nós. Tu existes em mim, assim como outros que menos desejo que existam. Mas vais sempre existir e isso até é reconfortante e faz-me sentir bem, por saber que já foste e ainda o és e que, passado algum tempo, quando podemos ver as coisas como foram, sentir vergonha ou felicidade, tristeza ou arrependimento, sabemos realmente bem e de consciência plena, de que as faríamos outra vez, e mais uma vez, só para sentir o que aquele momento teve de melhor ou pior para dar. Porque já não vai voltar e a tendência não se mostra boa, por enquanto. Espero que sim, também espero que não e sei que este texto está confuso, mas talvez, quando o leres e releres vais compreender ou então franzir o sobrolho e mandar-me à merda.

Obrigada por tudo e espero que continues sempre aí!

1 comment:

L said...

Para quantas é que isto pode ser afinal?

... dá-me amor... :)